sexta-feira, 29 de abril de 2011

Repentinamente

Chegou de repente,
Oriente no ocidente,
Me ganhou de repente,
O sol nascente.


Seu sorriso eu não anotei na mão,
Mas nunca vou esquecer;
Quem dera se o meu coração
Eu pudesse dar à você,


Mas ele já sofreu demais
E sofrer por amor eu não quero mais.
Tão de repente você mudou demais,
Seguindo conselhos de pessoas banais.


Tenho que apagar os sonhos recentes da mente,
Tentar não me enganar outra vez,
E assim, tão de repente,
Vou ter que esquecer você.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Auto-Destruição

O que você faria se soubesse que o seu tempo é curto?
Tentaria dar o seu melhor para as pessoas que você ama ou faria elas te odiarem (Para assim elas não sentirem sua falta)?
Você se esforçaria ao máximo para realizar um sonho?
Você tentaria fazer alguém feliz?
Você tentaria apagar cicatrizes?


Eu me imagino como sendo uma construção que ,graças ao destino (ou falta de sorte,como queiram.),teve sua estrutura comprometida. E o que eu fiz?
Ao invés de tentar fazer uma reforma de emergência,comecei à picaretar os maiores pilastres de sustentação. Não! Não foi minha intenção ferir as pessoas que sempre estiveram comigo;eu tentei fazer o bem,tentei ajudar. Mas ,como já foi dito, eu só faço ''merda''. Peço desculpas então,mas não espero o perdão pois ,como também já foi dito: '' palavras certas podem consertar um erro,mas são os erros que fazem as palavras viverem para sempre''.


É,o meu verdadeiro EU tem feito falta,acho que mudei. Mas quem não muda?
Porém reconheço que mudei para pior. E agora? O que fazer? Será que existe algum engenheiro ou um arquiteto,ou qualquer outro alguém que possa me ajudar? Existe alguém que impeça uma total auto-destruição ? Será possível recuperar o tempo perdido?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sobre o Luto Romântico






O luto romântico se caracteriza pela total incapacidade de se relacionar com outras pessoas, visto que ela ainda pensa na ex – considerada o grande amor da sua vida – de todas as formas possíveis. O luto pode se dar pelo fato de um rompimento inesperado, de uma morte, de uma viagem que interrompe o romance. A grande questão aqui é como se dá essa relação de luto na sua vida.
Caro amigo(a), se você nunca passou por uma situação de achar que nunca encontraria alguém igual àquela norueguesa que contava de 1 a 100 em dez segundos enquanto tomava champanhe só pra te fazer rir, atire a primeira pedra. Tudo bem, isso é perfeitamente compreensível. Neste momento, estamos fragilizados, sem perspectivas de futuros relacionamentos, pensando em tudo o que fizemos para não dar certo, nos agarrando às possibilidades que restaram, muitas vezes bastante remotas. Por mais que nossos amigos queiram nos ajudar, nos levar a festas, nos mostrar filmes e músicas animadas, nos contar piadas, não vai adiantar muita coisa. Por quê? “Eu estou quase morrendo porque perdi o amor da minha vida”. Não. Porque você está se utilizando de um mecanismo muito recorrente de piedade e conservação chamado “auto-sabotagem”. Essa forma de encarar o fim de um relacionamento é muito mais comum do que se pode imaginar. Você acha que ninguém vai te fazer feliz como ela fez, ninguém vai te chamar de Buzz Lightyear com tanto carinho como ela chamava, ninguém vai te ligar pra te lembrar de pagar as contas do mês. Você está se agarrando apenas às coisas boas e bastante utópicas que existiam naquela relação. Você afasta pessoas que poderiam ser bem melhores para você ou poderiam acertar onde houve aquele erro. Mas não, cego e teimoso, você rejeita todas as novas opções que o acaso te dá. E isso, meu amigo, é burrice.
A lição que fica disso vem de um dos dramalhões românticos mais conhecidos da atualidade. “P.S Eu te amo” não é só uma história triste com uma cena de funeral que revolucionou a forma como quero ser enterrado, mas também é um grande exemplo de como devemos seguir em frente, mesmo que devagar.  A superação, neste filme, só veio depois de uma longa crise seguida de aceitação. A fossa amorosa à primeira vista parece linda com todas aquelas coisas que fazem parte dela (como ouvir Adele até a morte e mandar SMS bêbado pra ex numa festa à fantasia), mas na verdade ela impede que vejamos como o mundo é bem maior que um fim de relacionamento. Precisamos de tempo para nos adaptar, é claro. Mas precisamos aceitar a situação que passamos, reconhecer os erros e acertos, tentar nos renovar a partir disso. E nada disso acontece se a gente não aceitar que acabou. O luto em si é necessário para avaliarmos tudo isso. Sou defensor extremo desse período, mas a extensão dele passa a ser egoísta. E com tantos obstáculos naturais que a gente já encontra por aí, impor mais um a nós mesmos – a auto-sabotagem – faz parecer que estamos admitindo que, realmente, não fomos feitos para dar certo.