Agora vivo preso às lembranças
Da minha meia adolescência e da minha infância
Pois eu não tive sorte,
Já bate em minha porta a morte;
Um pequeno tumor maligno
Está arrasando a minha memória,
Acabando com o meu tino,
Finalizando a minha curta história.
Sabe-se que é um fato real
Que a morte é o fado final,
Mas ninguém a espera tão cedo,
Todos querem sair dessa vida mas da morte todos têm medo.
Eu estou preso às lembranças
Por que não há mais nada a fazer,
Só lembrar das alegrias que foram vividas,
Já que não há outras para se viver.
Espero ter um funeral com muitos lamentos,
Já que em vida ninguém comigo se importou,até este momento,
Não quero um enterro desses diferentes,
Somente um caixão à sete palmos do chão,
Algumas flores sobre o túmulo
E alguns vermes para me devorar até os dentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário