Você, caro leitor, já parou pra pensar no provável fim do mundo? Com todos os boatos, depoimentos de cientistas, calendário maia, os filmes, 21 de dezembro de 2012 e tudo mais, fica difícil não pensar. Bem, em outra época eu desejaria que o mundo não acabasse, eu teria mais vontade de viver, teria mais anseio por cumprir as missões que me foram dadas pela vida ou por mim mesmo. Em outra época eu estaria revoltado pelo possível fim do mundo, mas hoje eu aceito a chegada do apocalipse sem fazer careta. Ontem parei pra pensar na minha vida e vi que nos últimos, sei lá, 3 anos, eu não ganhei nada, não conquistei nada, todos os planos falharam, um atrás do outro. Sou o maior colecionador de derrotas que eu já conheci. O mundo falhou comigo, mas eu falhei muito mais comigo e com tudo e todos que me cercam, por isso não sinto mais um peso ou um medo do fim. Outro dia desses eu assisti um filme com um nome bem interessante: ‘’Procura-se um amigo para o fim do mundo’’. Eu me identifiquei muito com os protagonistas: Eles não construíram nada durante a vida inteira, nada que valesse a pena. Eles tinham parentes, mas esses parentes não sentiam tanto a falta deles ou não os completavam. Eles tinham companheiros, mas, quando o fim se aproximou, eles ficaram sozinhos. Eles apenas procuravam uma maneira menos dolorosa de enfrentar o fim do mundo. Embora eu me ache tão parecido com tais personagens, eu os invejo. Sim, no fim de tudo, eles tinham um ao outro, eles encontraram alguém, uma companhia para o fim do mundo. Já eu... Eu vou pro juízo final sem ninguém, vou assistir os terremotos, os tsunamis e as chuvas de meteoro totalmente sozinho. Eu poderia sair por aí e tentar corrigir meus erros do passado, fazer coisas que eu queria fazer mas não fiz, dizer coisas que eu queria dizer mas não disse. Mas isso serviria pra quê? Pra eu morrer em paz comigo e com o mundo? Isso seria, em minha opinião, tentar viver de verdade quando já não há mais tempo pra isso. Se eu passei a vida errando e perdendo tempo, agora o melhor a fazer é deixar tudo como está e esperar o que tiver que ser. E antes que você me pergunte ‘’e se o mundo não acabar agora?’’ eu digo : Sempre há um plano ‘’B’’.
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