terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sobre a ingratidão


O meu maior defeito é esperar retribuição. Desculpe, mas eu precisava me abrir com você. Eu espero sim que o outro reconheça o que faço, sou humano. Acho que na vida tudo vai e vem, são duas mãos. Eu faço, você (teoricamente) faz e assim a gente se ajuda e tenta viver melhor. Mas nem sempre é assim.  Não gosto de ingratidão. Honestamente, não quero um presente bem embrulhado com fita prateada. Não quero flores nem chocolates, não quero tapete vermelho nem puxação de saco, não quero um cartão cheio de traquitanas. Só quero que você agradeça de coração aberto e sinceridade brilhando nos olhos, mais nada. Duvido que uma pessoa faça, faça e faça sem esperar pelo menos um ''obrigado''. Não estou levantando a bandeira do ''faça-e-espere-um-agradecimento'', estou apenas contando para você como me sinto. Fico bem chateado quando alguém pede a minha ajuda e age como se aquilo fosse a minha obrigação. Da mesma forma que fico bem sentido quando me ofereço para ajudar, me viro em mil, me desdobro e a pessoa nem liga. Ser grato é tão bonito, faz tão bem. Ingratidão é algo tão chato quanto uma mentira. Faço as coisas porque quero, essa é a minha verdade. Faço de coração, sim, mas tenho sangue correndo nas veias, tenho sentimento e espero que a pessoa valorize o que fiz por ela, da mesma forma que valorizo o que fazem por mim. Não esqueço de quem me estende a mão, minha memória não é curta. Apesar de eu esquecer algumas coisas que eu preciso fazer durante o dia, jamais deixo passar batido o que fazem por mim. Porque aprendi que ajudar o outro é bonito, mas ser grato é mais bonito ainda.

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