Sabe, algo que eu prezo muito é a palavra. Sim, a palavra, o verbo, o adjetivo usado, a oração formada, a afirmativa feita. Palavras têm um poder imenso. Elas podem expressar um sentimento, uma descoberta (à la Arquimedes e sua “Eureka!”), podem derrubar torres gêmeas, podem explodir bombas atômicas.
Mas, a meu ver, as palavras precisam ser acompanhadas por ações (e aqui
uso toda a licença poética possível). De que adianta falar algo se não é possível
praticar o que foi falado? O que quero dizer, senhores e senhoras, é que vejo
por aí muitas pessoas que não medem suas palavras, nem tampouco medem as conseqüências
de tais palavras nas vidas dos ouvintes/leitores/receptores. Daí a pessoa diz “eu
não faria isso” e vai lá e faz. Diz “eu nunca seria assim” e depois recusa-se a
olhar no espelho. Diz “vamos aproveitar nosso tempo juntos” e pula da barca na
semana seguinte. Diz “nunca te deixarei” e deixa. Diz “sempre te amarei” e
pouco tempo depois nem reconhece o outro quando se encontram na rua. Diz “serei
fiel” e trai. Acabam sendo “palavras, apenas palavras ao vento”, como diria a
poetisa. E o resultado disso, quem vê? Quem sente? Quem arca com as conseqüências
das próprias palavras?
É importante, antes de falar algo, antes de prometer, antes de afirmar,
antes de projetar algo futuro através de palavras, medir as conseqüências,
fazer um cálculo juntando os fatores razão, sentimento e tempo, ou, simplesmente Pensar. Mais que
isso, é extremamente importante saber que existe alguém que sofre com essas conseqüências,
alguém que acreditou nas palavras que foram ditas, que levou a sério,
que confiou no que foi dito. Palavras não têm valor quando as ações não
condizem com a ideia que foi passada. Pessoas, por favor, sejam mais honestas. Sejam
fiéis ao que falam, não sabem o quão honrado isso é.
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