É sentir tudo e não saber expressar. Sentir e
não saber como falar, como sorrir, como olhar, como fazer. É como ser adulto e
se afogar numa piscina de crianças. É como ter 100 anos e não saber o que é a
vida. É perder pessoas. É criar feridas. É como ser um porco-espinho. É perder
oportunidades. É ver sonhos se esvaindo. É ganhar a desconfiança de pessoas
amadas. É ser visto como um metal frio, rígido, oco, estático, insensível e
imutável. É ter a certeza de ter algo e, ao mesmo tempo, não o ter. É sempre se
atrasar no relógio da vida e, quando vê, já foi, já era, não tem volta, lá se
foi mais uma pessoa, mais uma chance, mais um momento. Dói. Sim, dói.
Nenhum comentário:
Postar um comentário