Às vezes tudo dá errado
E você acha que não pode ser pior
Que é só um dia ruim
E que no outro dia se desfaz o nó
Às vezes você erra em tudo o que faz
E jura que é só
uma maré de azar
Que é porque quando acordou abriu um olho e depois o
outro,
Pisou no chão primeiro com o pé esquerdo
Quebrou o espelho e se admirou nele
Passou embaixo da escada
Sentiu coçar a mão direita
Viu voar uma borboleta preta
Viu um gato preto no meio da rua
E, quando ia dormir, viu no telhado uma coruja
Às vezes você quer ser mais livre, quer ter uma vida mais
sua
Quer falar o que pensa, sair e chegar na hora que quiser
Ter a profissão dos seus sonhos
E você jura que tudo se resolve com o tempo, que não pode
ficar pior
Mas você vive num ‘’quartel’’, preso pelo mesmo destino
que te deu a vida,
Onde você e sua palavra valem menos que a merda do cavalo do
bandido
Às vezes Eu, e acho que você também, só queria acreditar que tudo é culpa minha,
que os erros são meus, ou que eu sou o erro, e que não existe sorte ou azar
Ao invés disso, eu culpo o mundo, as pessoas, meus olhos,
meu pé esquerdo
Os espelhos, as escadas, as coceiras na minha mão direita, as borboletas pretas, os gatos pretos e as corujas
E ainda coloco toda a culpa no coitado do Murphy
Bonito, mas uma pena condizer com a realidade.
ResponderExcluirQuero te ver feliz, Northon. =)